O Erguer de Leonhardt Ascroft

Chapter 2: Capítulo 2: Um Novo Começo



Leonhardt Evernore Ashcroft contemplava o horizonte de uma metrópole vibrante e caótica, onde o extraordinário coexistia com o banal. Ele estava no alto de um edifício abandonado, os olhos brilhando com uma determinação silenciosa enquanto a lua cheia lançava uma luz prateada sobre sua figura imponente. O ar da noite estava carregado de energia, como se o mundo sentisse que algo significativo estava para começar.

Ao seu lado, Selene Arctura, sua primeira Neo-Ghost, permanecia em silêncio. Seu olhar era firme, mas havia uma serenidade em seus gestos, como se a transformação em algo além de humano tivesse finalmente dado sentido à sua existência. Seus cabelos negros brilhavam sob a luz da lua, e suas mãos estavam fechadas, como se ela estivesse sentindo o poder ressoar em seu interior.

Leonhardt havia passado meses ativando sua habilidade Fishing in the Ten Thousand Worlds, muitas vezes sem sucesso significativo. Ele pescava itens e habilidades menores, úteis em situações práticas, mas nada que pudesse realmente transformar sua posição neste mundo vasto e cheio de perigos. No entanto, aquele momento marcante há alguns dias – quando ele puxou do portal espiritual a versão aprimorada dos poderes de Muzan Kibutsuji – havia mudado tudo. Pela primeira vez, ele sentiu que tinha uma chance real de moldar seu destino e confrontar a hierarquia de poderes que governava o mundo à sua volta.

Leonhardt não desejava apenas sobreviver; ele ansiava por liberdade. A verdadeira liberdade não era apenas viver sem restrições, mas ter poder suficiente para ignorar as regras impostas pelos outros. O Comprehensive Comics World era uma fusão de mundos onde os mais fortes ditavam as regras, e a mera existência de seres como Sosuke Aizen, Gojo Satoru e Akira Fudo tornava evidente que a sobrevivência sem força era um luxo efêmero.

— Selene, este é apenas o começo. — A voz de Leonhardt era grave, mas carregava uma promessa. — Este mundo é vasto demais, cheio de forças além da nossa compreensão. Mas com o poder que agora possuo, e o que ainda adquirirei, criarei algo que ninguém poderá ignorar.

Selene inclinou levemente a cabeça, seu semblante carregando uma mistura de respeito e curiosidade. Desde que havia sido transformada, ela sentia uma conexão profunda com Leonhardt, como se sua própria existência estivesse entrelaçada com a dele.

— O que você planeja, Leonhardt? — perguntou ela, sua voz suave como uma melodia.

Leonhardt deu um pequeno sorriso antes de se virar para encará-la.

— Neo-Ghosts. — Ele fez uma pausa, como se saboreasse as palavras. — Eu formarei doze. Cada um será especial, único, como você. Juntos, seremos mais do que uma força. Seremos uma lenda.

A tarefa parecia monumental, mas Leonhardt sabia que, com paciência e estratégia, poderia alcançar seu objetivo. Ele precisava de mais do que apenas força; precisava de aliados, recursos e um plano que fosse tão meticuloso quanto ambicioso.

Selene, por sua vez, era mais do que apenas uma subordinada. Sua habilidade de liberar ondas sonoras devastadoras era um trunfo, mas sua verdadeira força estava em sua perspicácia. Antes de sua transformação, ela havia sido uma pianista virtuosa, acostumada a analisar e prever cada nota de uma composição complexa. Agora, essa habilidade se traduzia em uma visão estratégica aguçada.

Eles passaram os dias seguintes estabelecendo uma base de operações. Leonhardt escolheu um complexo subterrâneo abandonado, um antigo refúgio militar oculto sob a cidade. Selene usou suas ondas sonoras para limpar os túneis e reforçar as estruturas enfraquecidas. O local tornou-se uma fortaleza improvisada, um refúgio onde Leonhardt poderia planejar seu próximo movimento sem ser detectado pelas forças poderosas que governavam o mundo.

Para formar seu grupo de doze Neo-Ghosts, Leonhardt sabia que precisaria ser seletivo. Ele não podia simplesmente transformar qualquer pessoa. Os escolhidos precisavam ter potencial latente, algo que poderia florescer após a transformação.

— Selene, precisamos encontrar nosso próximo Neo-Ghost — disse ele, enquanto analisava mapas da cidade e estudava relatos de indivíduos com habilidades incomuns ou potencial extraordinário.

Foi durante uma dessas buscas que ouviram falar de Darius Fenrir, um boxeador aposentado que havia caído em desgraça após uma lesão grave. Apesar de sua situação, rumores diziam que ele ainda possuía uma força física impressionante, suficiente para derrotar gangues inteiras sozinho.

Leonhardt e Selene encontraram Darius em uma arena clandestina, onde ele lutava por dinheiro. A luta era brutal, e mesmo com sua lesão, ele derrotava adversários com uma combinação de força bruta e instinto refinado.

Após a luta, Leonhardt se aproximou de Darius.

— Você é forte, mas está desperdiçando seu potencial aqui — disse Leonhardt, sua voz carregada de autoridade.

Darius olhou para ele, desconfiado.

— E o que você tem a ver com isso?

— Eu posso te dar algo que você nunca imaginou — respondeu Leonhardt. — Força verdadeira. Poder além dos seus sonhos.

Darius hesitou, mas algo na presença de Leonhardt era irresistível. Ele aceitou, e a transformação começou.

Quando Darius emergiu como um Neo-Ghost, sua aparência era impressionante. Sua musculatura parecia esculpida em mármore, e suas mãos agora brilhavam com uma energia azul-escura, formando garras de pura energia espiritual. Ele sentiu sua força renovada, multiplicada a níveis que ele nunca havia imaginado.

— Bem-vindo ao meu círculo, Darius Fenrir — disse Leonhardt, enquanto Selene observava com um leve sorriso.

Agora com dois Neo-Ghosts ao seu lado, Leonhardt sentiu que estava no caminho certo. O mundo ainda era vasto e cheio de perigos, mas ele não estava mais sozinho.

Leonhardt sabia que o caminho à frente seria árduo. Ele enfrentaria desafios inimagináveis, mas cada passo o aproximava de sua visão: um grupo formidável de doze Neo-Ghosts que rivalizariam com qualquer força deste mundo.

Enquanto a noite avançava, Leonhardt, Selene e Darius saíram do subterrâneo, prontos para explorar as possibilidades que o mundo oferecia. A lua iluminava suas figuras enquanto caminhavam pela cidade. Era apenas o começo, mas Leonhardt já podia sentir que a lenda dos Neo-Ghosts estava prestes a ser escrita.


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